sexta-feira, 30 de julho de 2010

Coincidências...

Olá a todos!
Estou a estrear-me este espaço e, por acaso, é a primeira vez que escrevo uns bitaites – aqui posso dar-me ao luxo de não estar preocupada se as palavras existem realmente no dicionário ou não... e gosto disso! –, uns bitaites, dizia eu, neste mundo dos blogues. Com isto, refiro-me ao acto de escrever, segundo o Priberam, numa «página de internet com características de diário, actualizada regularmente»...
Ups, lá estou eu a citar e a ir ao dicionário...! É mesmo vício já.

Por isso, e como este espaço tem – ou poderá ter – características de diário, vou escrever, precisamente, sobre um episódio que me aconteceu recentemente e que remete para um tema que, pessoalmente, me intriga muito: as coincidências.
Parece que já estou a ouvir as risadas de chacota das minhas colegas ao lerem isto... É que elas já sabem de cor qual é o episódio que vou partilhar, de tantas vezes que a ele me referi! Mas eu conto outra vez!

Então, foi o seguinte: uma certa manhã desta semana, cheguei ao escritório, pus o estaminé a funcionar (luzes, pc's e ar condicionado, que, com o calor que tem feito, isto nao se pode), tirei uns apontamentos, enfiei o caderno e o gravador na mala e fiquei à espera do Tino, o fotógrafo (que também é meu chefe), para irmos fazer uma entrevista a um ilustre urologista português (para o nosso Urologia Actual).

Chega ele, pouco passa das nove e meia, e da Joana, a nossa gestora de projectos, nem sinal. Como não era hábito (normalmente, àquela hora, ela já costuma estar) e a rapariga não tem as chaves do escritório, mando-lhe um sms a avisar que iria pôr as minhas chaves debaixo do tapete do escritório, para que, quando ela chegasse, não precisasse de ficar à espera da Rute ou da Madalena para entrar.
Ai que eu não devia dizer isto, que para a próxima vez já é arriscado... Mas, pensando bem, o Sr. Nogueira, o porteiro cá do sítio (um ex-militar que, além de ser uma personagem, é meu vizinho) não dá hipóteses aos ladrões e a outras gentes mal-intencionadas...

Nem me lembrei que a Joana e a Madalena tinham reunião às dez não-sei-aonde. Quando a Joana me responde com um sms dizendo isso mesmo, o Tino diz-me para avisar a Rute para que, quando chegasse, tirasse as chaves debaixo do tapete. Escrevo-lhe uma mensagem com esse mesmo pedido. Então e não é que, ouvindo um sinal de sms do meu telemóvel, leio-a e é, afinal, não a Rute, mas a minha cunhada, a Inês, a perguntar-me se eu podia deixar as chaves da arrecadação lá de casa na caixa do correio??!!

Olhem, fiquei toda trocada. Já nem sabia para quem é que eu havia de responder e quem é que tinha de me responder a mim... (Mas, já agora, tanto eu como a Rute respondemos que sim, acedíamos em colocar/retirar as chaves do sítio que nos tinha sido pedido quase em silmultâneo.)

Relevei este episódio, porque fiquei mesmo a pensar nisso, mas a verdade é que até me acontecem, com alguma frequência, das mais variadas coincidências (desde estar a escrever uma palavra e ouvi-la ao mesmo tempo a telefonar para uma pessoa que tem o telemóvel interrompido, porque, descubro depois, está a tentar ligar para mim). E não sei porquê, gosto de estar atenta a elas e de lhes tentar retirar alguma interpretação ou ensinamento.

Interpretar, quase nunca o consigo fazer, mas retirar algum ensinamento, sim. Sempre o mesmo: que não há coincidências. Prefiro pensar que esses fenómenos, sejam assombrosos ou simplesmente divertidos, são, não um mero acaso, mas antes sinal de uma sincronicidade que nos mostra que há, de facto, um elo entre nós e o Universo...

1 comentário:

Madalena Barbosa disse...

Ana, atenção que a vírgula do parágrafo X está mal colocada!!! :) Estou a brincar, claro. É mesmo isso, este é um espaço de liberdade de ideias e de escrita também. Aqueles recursos estilísticos, próprios da escrita de cada um, que nem sempre deixo passar nas nossas publicações, abusem deles aqui :)
Gostei muito desta tua reflexão, mas, a partir de agora, jamais deixar a chave debaixo do tapete :) A informação tornou-se pública. Há estratégias bem mais seguras para que as meninas que não têm chave não fiquem na rua, na ausência de quem tem.
Quanto às coincidências, claro que existem. Se nos trazem alguma mensagem? Isso é que já é mais complicado perceber, mas talvez...